quarta-feira, 17 de março de 2010

Mais uma história do trabalho... (II)

O post anterior foi escrito a uma hora já tardia e parece-me que não fui muito clara. Se calhar é melhor começar a história desde o ínicio até porque, hoje, houve desenvolvimentos. Então foi assim: A senhora idosa foi lá à farmácia aviar uma receita e medir a pressão arterial. Ela estava um bocadinho enervada porque lhe tinha faltado um medicamento do foro cardíaco durante o fim de semana. O valor da pressão arterial sistólica (a chamada máxima) estava elevada embora a diastólica (mínima) estivesse dentro dos valores normais. Como é prática corrente dissemos à senhora que era melhor medir novamente a pressão arterial no dia seguinte para verificarmos se o valor se mantinha elevado. A senhora foi para casa e parece que ia nervosa. Quando chegou a casa contou à filha que estava preocupada com a pressão arterial e o que lhe tinhamos dito. Segundo o relato posterior da filha, parece que depois a senhora se acalmou e que a filha lhe mediu a pressão arterial em casa e os valores estavam dentro os parâmetros normais. Foi então que a filha veio à farmácia, muito mal encarada, pedir satisfações sobre o que se tinha passado toda ofendida. E exigiu que não medissemos a pressão arterial à mãe e por aí fora. Parece que a senhora quer que a filha lhe meça constantemente a pressão arterial e, claro, que isso também não é correcto. É por isso que ela vai à farmácia, já sabe que ali tem sempre alguém com disponibilidade para ela. A própria filha disse que a senhora não vai a outra farmácia porque ali já a conhecemos e temos mais paciência para ela. E lá foi insistindo para que não lhe medirmos a pressão arterial. A pobre senhora, hoje, passou pela farmácia muito triste para pedir desculpa por a filha ter lá ido à farmácia e estava quase a chorar. Parece-me que mãe e filha têm uma relação muito complicada...
O que seria lógico era a filha queixar-se se a farmácia não tratasse bem a mãe dela mas neste caso ela veio reclamar porque a tratamos bem.

4 comentários:

Pepper disse...

As pessoas têm problemas mal resolvidos nas suas vidas e depois descarregam no alvo mais fácil. Lidar com o público não é mesmo nada fácil.

maria teresa disse...

Que tristeza! A filha deve ser muito "tapada", medir a tensão arterial não causa mal algum, a essa senhora até talvez causasse bem... enquanto o faz (parece revelar hipocondrismo) sente-se feliz(?)
Há relações familiares, principalmente com membros da família mais envelhecidos, que me fazem muita confusão.
A filha tem autoridade para pedir isso, a negação da leitura? a senhora pelo que leio não está inimputável
Abracinho
Abracinho

renato disse...

Cara Stileto!

Meçam sempre a tensão arterial da Senhora, porque a faz ficar um pouco mais feliz!

São os desvarios da vida que fazem a filha andar de mal com os outros e "descarrega" o seu bilis naqueles que não têm culpa!

Um beijinho,

Renato

Pinkk Candy disse...

Essa filha não deve estar lá muito bem não! Que estranho, mesmo! Há que ter paciência para essas coisas, acredito!

xoxo

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